Oi irmãos a paz do Senhor para todos!
Como esta espaço está reservado para que eu posso deixar uma palavra, ou um hino ou uma mensagem especial , eu escolhi com carinho uma mensagem que recebi da minha irmã Reginna alguém que ao longo destes anos de caminhada tem me abençoado com palavras de amor , conforto e fé.
Segue abaixo a mensagem
“Se perguntarem a você a verdade, negue, negue até a morte. Pois quem diz a verdade é excluído, preso ou enviado para o manicomio”. Esta frase em tom jocoso foi dito por psicóloga em um encontro. De forma irreverente ela falava das implicações de se viver na verdade.
Uma jovem ao ser detida por dizer a verdade desabafou: “Não é justo”. Em uma reunião onde um grupo funciona no sistema de autogestão alguém perguntou: “O que faço? Digo a verdade?”
O interessante na autogestão é que ela deflagra e propicia no grupo processos de autoanálise, ou seja, problematiza o que parece natural aos olhos da maioria.
Na autogestão cada pessoa é o protagonista de suas questões e demandas para que possam compreender e adquirir um vocabulário próprio para o bem existir.
Tudo o que é descoberto nesse processo tem como finalidade única auto organizar e fazer com que sejam operadas visando a transformação de suas condições de existência.
Trocando em miúdos: Você é responsável por aquilo que faz e por quem é no caminho. Não é necessário ficar consultando a todo momento alguém, mas este alguém estará sempre lá caso seja necessário, mas este gestor funciona como catalizador desse processo e não como aquele que vem de fora ou de cima impondo o que deve ou não ser feito.
René Lourau diz que é a capacidade de provocar o potencial das ações sociais acompanhado de uma análise crítica destas ações. Ou seja, reabilita o potencial crítico da cotidianidade. O ser humano caminha analisando-se e analisando tudo o que acontece a sua volta, desempenha um papel ativo na vida.
Não importa qual seja a decisão. Pode-se omitir ou aplicar-se, independentemente da escolha, há consequências e muitas vezes o ser humano prefere “fazer vistas grossas” e continuar “empurrando com a barriga”.
Schutz diz que honestidade e abertura são as chaves para sua evolução. Ser honesto permite à sua unidade corpo-mente tornar-se um canal claro e desimpedido para assimilar toda a energia do universo, dentro e fora de seu corpo, bem como para fazer uso vantajoso dela. Você despende uma grande quantidade de energia para esconder, de outras pessoas, seus pensamentos ou desejos, e despende ainda mais energia para ocultá-los de si mesmo. Reter segredos requer um corpo tenso; requer restrição de espontaneidade, a fim de que o segredo não seja revelado; requer vigilância, torna a respiração ofegante, exige esforço físico e preocupação com sua própria segurança. Isto resulta em desperdício total de estímulos, porque sua unidade corpo-mente não está bastante descontraída para permitir a entrada deles. Belos sons e belas paisagens da natureza não devem ser negligenciados por muito tempo; nem a beleza nem a simples realidade das outras pessoas pode ser percebida com clareza, poque seus matizes são muito sutis para ser captados num rápido lance de olhos; sentimentos e sinais oriundo do interior de seu organismo são estrangulados por músculos tensos, afogados em excesso de palavras ou destruídos pela falta de ar, quando você, gastando grande quantidade de energia, está moldando sua aparência no mundo. (Schutz; Psicoterapia pelo Encontro; p.25-26).
Nesta manhã durante o devocional encontro o apóstolo Paulo aconselhando a Tito: “Mas quanto a você, defenda a qualidade, a utilidade que acompanha o verdadeiro cristianismo. Ensine os homens mais velhos a serem sérios e calmos; eles devem ser sensatos, devem conhecer e crer na verdade e fazer todas as coisas com amor e perseverança”. “... Do mesmo modo exorte os rapazes a que se conduzam com todo o cuidado, levando a vida a sério. E nisto você mesmo deve ser para eles um exemplo nas boas obras de toda espécie. Que tudo o que você fizer revele o seu amor pela verdade e o fato de que é absolutamente sincero nisso. Sua linguagem deve ser tão sensata e equilibrada que alguém que quiser questionar, sinta vergonha de si mesmo, porque não haverá nada a censurar em tudo o que você diz” (Tito 2:1-2; 6-8).
Deus nos criou seres espirituais e emocionais. Desse modo somos semelhantes a ele – na dimensão espiritual fomos criados “a sua própria imagem”. A natureza psicológica, emocional e espiritual é o aspecto principal de quem somos. É a parte de nós que possui conexão com a eternidade. Após haver criado esse aspecto vital e essencial do ser humano Deus colocou o homem num corpo físico, o inseriu num ambiente natural, deu substância material e o abençoou com companhias humanas. Quando negligenciamos ou negamos as partes emocionais e espirituais com as quais Deus nos criou estamos, de imediato, num estado de carência, necessidade, de anseio e desarmonia.
Os sintomas de frustração e de desassossego geral de espírito – talvez até mesmo ansiedade, melancolia persistente, sentimento de que as coisas não vão bem – são sintomas desta falta de integridade, e somente quando estamos dispostos a ir ao âmago do que somos como seres humanos e convidamos a Deus para fazer uma obra que nos torne inteiros de espírito e alma, é que iremos experimentar a integridade e solução permanente para os sintomas de nossos corações inquietos.
Qualquer tentativa de aliviar “sintomas” sem ir a raiz da necessidade, de continuar “negando até a morte”, fará com que tudo se multplique e espalhe para outras situações, circunstâncias ou relacionamentos. A causa essencial irá permanecer e supurar. Não há como empurrar a real solução para uma data futura.
Deus é o grande gestor – Ele intervem voluntariamente e seu interesse é acautelar, ou seja, Ele previne contra a ocorrência de um mal, um embaraço, um inconveniente, um dano antes que “venha a cheia”. Ele coloca sob proteção, Ele resguarda. Ele nos conduz a um processo de autoanálise e autogestão. Nos ensina a problematizar (questionar) o que parece natural aos olhos da maioria.
Que a misericórdia divina esteja sobre você.
Com toda a estima,
Regina Lopes